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Desenhar é o modo com que o autor escolheu para fazer a narrativa de um universo de possibilidades no caos e na monotonia do mundo. Assim ele dá visibilidade às personagens de seu cotidiano: como num conto de Dalton Trevisan as figuras pertencem a um universo que compartilhamos internamente. Fazem a gente pensar: Eu já vi esse fulano! São representações de pessoas comuns, aqueles personagens que a gente encontra no boteco da esquina, dentro do ônibus lotado ou passeando pelo bairro. Em outros momentos, nos deparamos com um músico no auge de sua performance, ou ainda agradecendo os aplausos de um público apaixonado. Sim, seus desenhos são cheios de contrastes, seja no traço ou na maneira com que as personagens se expressam, ora divertida, ora melancolicamente.

Para Syen, desenhar é igual ouvir uma boa música. Ouvir música e desenhar, desenhar e ouvir música; ele faz tudo com o mesmo entusiasmo e emoção. Tem o desenho como o músico tem a música. Qual seria a diferença nas duas atividades? É claro que elas existem. Para alguns músicos uma diferença reside no prazer de " poder tocar um instrumento", para Thiago Syen é o prazer de poder desenhar que motiva a produção em questão.

A cada fase o artista nos mostra um pouco do seu processo de criação, não se prendendo a uma técnica específica. Dentre os materiais que usa está o nanquim sobre fine face. A caneta esferográfica, companheira antiga, auxilia na compreensão dos rumos de sua pesquisa poética. São processos e processos para conseguir sintetizar e traduzir sua linguagem, para expressar o que ele vê e sente, com traço simples, registro dos diversos percursos e variadas tentativas. Em alguns desenhos nos guiamos pelo esboço em grafite, é ele que revela o processo de criação do rapaz.


Segue abaixo alguns desenhos e grafites dele:
















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